As Minhas Meninas

domingo, 8 de janeiro de 2006

"Mulheres inférteis têm direito a serem tratadas"

Esta Notícia saiu hoje no Jornal "Diário de Notícicas"

"A infertilidade é uma doença como outra qualquer e as mulheres inférteis têm direito a serem tratadas." Contudo, continuam a sofrer discriminações "pelo Serviço Nacional de Saúde, pela ausência de uma lei e pela falta de pressão política às seguradoras". A opinião foi expressa ontem pelo geneticista Mário de Sousa, durante o colóquio Vida e Morte, realizado em Lisboa.

O especialista da faculdade de Medicina do Porto sublinhou ainda que a infertilidade é a patologia mais comum de todas, afectando 20% da população em idade reprodutiva. Para Mário de Sousa, o direito de ver "esta doença tratada" não deve ser negado às mulheres em situação monoparental.

"Nem todas tiveram experiências felizes ou encontraram o parceiro em idade fértil", exemplificou. Outras têm anomalias congénitas incompatíveis com a gravidez. "E, por isso, não têm direito a ser mães?", questionou.

A procriação medicamente assistida estará esta semana novamente em debate num colóquio organizado pela Assembleia da República, no âmbito da discussão de quatro projectos de lei sobre este tema. E apenas o projecto do Bloco de Esquerda abre possibilidade de procriação medicamente assistida para mulheres sós, que é excluída pelo PS e PSD.

A Igreja Católica, por exemplo, é contra a existência e utilização de embriões excedentários - que resultam de tratamentos contra a infertilidade, mas que não foram implantados no útero. Uma posição reforçada recentemente pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo.

"Acredito que não há acordo sobre esta matéria apenas porque não tivemos oportunidade de falar uns com os outros", defendeu ontem Mário de Sousa. O especialista explica que quanto mais embriões forem conseguidos, "maior a optimização da taxa de gravidez para determinado casal" - porque a taxa de gravidez normal é de apenas 20% - e, ao mesmo tempo, reduz os riscos para a mãe. "Esta questão devia apenas ser decidida por critérios estritamente médicos", defende. Além disso, acrescenta, "não é uma realidade em Portugal". Como exemplo, refere que, no Norte, entre 1998 e 2003, apenas resultaram 7% de embriões excedentários de três mil ciclos de fertilização realizados.

6 comentários:

sonia disse...

Exitem temas que deviam ser de facto mais debatidos, mais coisas deveriam ser feitas.

Resta esperar pelo bom senso dos Srs do poder.

Quem me dera que fossemos todos mais unidos e pudessemos mudar mais!

beijo mto grande.

kika disse...

ola !
infelismente é este o pais que vivemos e é assim que nós mulheres somos tratadas.espero que isto tudo mude .
bjs e boa sorte para a fiv tem fé e coragem e tudo irá correr bem .

Bem Me Queres disse...

Amiga,

Já o disse várias vezes e esta notícia ainda reforça mais a minha convicção. Somos um país pobre de bolso e pobre de espírito.
Beijinhos doces
Cláudia

Musa disse...

Como é que é possível que mais ninguém veja tudo isto?
Será que nós não podíamos também fazer mais qualquer coisa, para mostrar que este é um problema real, que não são estatísticas, que somos mulheres e homens reais que trabalham normalmente, em todo o lado, que sofremos em silêncio, que existimos! É tudo tão injusto...
Beijinhos,
Musa

Luna disse...

OI miga!
Este para mim assunto polémico, daqueles faz ficar com cabelos em pé. Revolta-me a forma como vos tratam na sociedade, a maneira nossos governantes vos esquecem como fosse assunto tabu. Revolta-me a opinião da igreja católica em relação os tt de fertilidade.
Será que ninguem faz nada para travar isso? não doi nossos governantes cada vez existem mais casais com problemas em ter filhos?
O simplesmente é assunto convinente tabu, pois já vi assunto tGv e Ota é bem mais lucroso venha os Euros, salvesse quem puder.
Ai que já estou dizer asneiras, é melhor ficar por aki, bem disse ia ficar cabelos em pé
beijocas mto grandes
da amiguita
Luna

Anna72 disse...

Uma vez um actor disse uma frase na TV e particamente resume tudo: enquanto um povo não for culto nunca será desenvolvido. É uma questão de mentalidade. Nós somos 4º mundistas! Enquanto não se der a importância a este assunto que ele merece estaremos sempre na mesma. Podemos ter 10 estádios de futebol, um aeroporto na OTA e um TGV mas continuamos a ser a ti Maria Jaquina e o Ti Zé da esquina!

Beijocas